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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

História de Chernobyl

Chernobil, Chernobyl ou Chornobyl (em ucraniano Чорнобиль) é uma cidade no norte da Ucrânia, perto da fronteira com a Bielorrússia. O nome da localidade significa "história negra".

Em meados da década de 70, foi construída pela União Soviética uma central nuclear a vinte quilômetros da cidade de Chernobil. Em 26 de abril de 1986 ocorreu o acidente nuclear de Chernobil.

Em 26 de abril de 1986,, explodiu um reactor da central de Chernobyl que libertou uma imensa nuvem radioactiva contaminando pessoas, animais e o meio ambiente de uma vasta extensão da Europa. De acordo com o site pripyat.com (2008), não há consenso sobre as causas do acidente. Ironicamente, o acidente se deu durante o teste de um mecanismo de segurança que garantiria produção de energia em caso de acidentes (pripyat.com 2008). A explosão ocorreu quando o sistema era testado em um dos blocos da usina, provavelmente devido à instabilidade do reator provocada por uma combinação de erros humanos na operação do reator e construção incompleta do reator (pripyat.com 2008).

COMO OCORREU O ACIDENTE

Uma versão de como tenha ocorrido o acidente é a seguinte:

No início da madrugada do dia 26, aproveitando um desligamento de rotina, procederam-se à realização de alguns testes para observar o funcionamento do reactor a baixa energia. Os técnicos encarregues desses testes não seguiram as normas de segurança e pelo facto de o moderador de neutrões ser à base de grafite, o reactor poderia apresentar instabilidade num curto período de tempo, o que acabou por acontecer.

Quando em determinado período, os técnicos tentaram desligar o reactor e não conseguiram e então o superaquecimento do reator fez com que houvesse uma explosão. A explosão rebentou a laje do edifício e libertou sobre a atmosfera gases e partículas radioativas. O ar que entrou na central que estava queimando levou à combustão do grafite que continuou queimando e libertando material radioativo por mais dez dias.

Foi quando na Dinamarca detectaram uma elevação nos níveis radioativos e então o governo da URSS se propôs a ajudar nas soluções que deveriam ser tomadas. Carregada pelos ventos, a nuvem radioativa rapidamente se espalhou pela Ucrânia, Bielorússia, Federação Russa, Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia e Islândia.

Em seguida contaminou a Europa Central principalmente a Áustria e regiões dos Bálcãs, Itália, França, Reino Unido e Irlanda. Foram aproximadamente 200 mil quilômetros quadrados de solo europeu contaminado.
Danos e área contaminada

O número de mortos ainda não é bem definido. As duas explosões iniciais liberaram na atmosfera substâncias reativas tanto do combustível do reator quanto dos produtos de fissão, até uma altura de 600 – 1200 m. Substâncias radioativas continuaram a ser emitidas ainda durante dez dias, sendo que a população não foi avisada e nenhuma medida de segurança foi tomada. 2 pessoas morreram na explosão, e mais 399 apresentaram sintomas de exposição aguda. (Pivovarov & Mikhalev 2004)

O total de mortos até hoje ainda é motivo de discussão. Para a ONU foram quatro mil mortos, para a organização ambientalista Greenpeace foram cerca de cem mil e um estudo científico britânico avaliou entre trinta e sessenta mil mortos.

Os sobreviventes do acidente enfrentam graves doenças sendo que a mais comum é o cancro da tiróide que apresentou mais de quatro mil casos. A doença foi causada pela grande quantidade de iodo 131 libertado na explosão, que ao ser ingerido ou inalado, fica concentrado na glândula tiróide.

A pior contaminação ocorreu em regiões da Rússia, Belorússia (22% da área, 20% da população) e Ucrânia (30% do território); em uma área de 7000 km2 foi necessária a evacuação de mais de 130 mil pessoas devido aos níveis extremamente elevados de radiação (acima de 40 Ci/km2). Devido a isótopos radioativos de meia-vida curta a radiação do ambiente aumentou em 5 a 10 vezes em regiões da Polônia, Alemanha, Itália, Suíça, França, Bélgica e Holanda. (Pivovarov & Mikhalev 2004)

79,3% da contaminação radioativa se deveu a césio-127 e césio-134 (tempo de meia-vida: 30 anos e 2 anos, respectivamente); 19,8% se deveu a estrôncio-90 (meia-vida de 29 anos). Isótopos radioativos de tempo de meia-vida muito curto tiveram importância maior nas primeiras semanas depois do acidente. Em 1993, 89% das radiação ainda existente era devida a 127Cs. (Pivovarov & Mikhalev 2004).
Medidas de descontaminação

Uma espécie de "sarcófago" de betão, aço e chumbo foi construída sobre o reactor que explodiu a fim de isolar o material radioativo que ali se concentra. O combustível nuclear chega a 200 toneladas de núcleo do reactor e uma espécie de magma radioativo. O acidente fez com que fosse questionado o uso da energia nuclear e alguns países reduziram e outros quase extinguiram os seus projectos.

Nos territórios contaminados, foram retiradadas aproximadamente 200 mil m² de granito; 2500 km de estradas foram asfaltados e alguns vilarejos foram destruídos e soterrados. Mesmo assim, não foi possível a reocupação de todas as áreas que foram contaminadas. (Pivovarov & Mikhalev 2004) 5 milhões de hectares de terras foram inutilizados, e houve contaminação significativa de florestas.

Apenas 5 trabalhadores da usina sobreviveram ao acidente, sendo que alguns estão vivos até hoje. O acidente de Chernobil teve 100 vezes mais radiação do que a bomba atômica de Hiroshima no Japão, após a Segunda Guerra Mundial.

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